Daqui há
um mês as escolas estaduais da região iniciarão
as provas para o fechamento do 2º bimestre, e o ano letivo ainda
nem começou em Cumaru do Norte para os alunos do ensino médio.
O município que era atendido pelo SOME (Sistema Modular de
Ensino) teve a promessa de ter o ensino regular implantado,
entretanto, até o momento as aulas não começaram,
e o ano letivo já está comprometido.
Após
4 meses sem aulas, vários são os alunos que começam
a frequentar aulas em Redenção, na tentativa de não
perderem o ano de estudos. Mas esta não é uma realidade
que se aplica a todos, uma vez que nem todas as famílias tem
condições de deslocarem seus filhos para outros
municípios para seguirem os estudos.
Os
alunos que estão começando estudar agora, já
perderam todo o 1º bimestre, e quase a metade do 2º. Pior
mesmo está para os que ficaram em Cumarú, pois não
sabem quando terão aulas este ano.
FALTA DE PROFESSORES E CONDIÇÕES INSALUBRES
Já em Redenção, apesar do ano letivo ter iniciado na época prevista, os alunos não estão menos prejudicados. Na escola Palma Muniz faltam professores para várias matérias: artes, língua portuguesa, geografia e física. Assim, os alunos só tem aulas 3 ou 4 dias por semana.
Esse
transtorno se deve a dois fatores:
1º)
o estado aumentou o número de aulas por semana, manhã e
tarde de 30 para 35, noite de 25 para 30;
2º)
não contratou professores para as matérias considerando
a carga horária que ampliou.
As
mudanças e a falta de planejamento resultaram neste desastre,
que só tem ajudado a piorar a oferta do ensino público,
e tem como maior prejudicada a juventude da região que busca
na educação condições para melhorar sua
vida.
Não
bastasse a falta de professores, a escola Palma Muniz sofre com mais
dois outros problemas gravíssimos: o calor excessivo, pois é
coberta com telhas de amianto, e as precárias condições
dos banheiros. É possível experimentar temperaturas de
mais de 30º, mesmo nos últimos horários de aula da
noite. Quanto aos banheiros, o odor fétido alcança todo
o pátio, chegando a incomodar as salas vizinhas.
Vale
lembrar que duas esferas de governo usam as instalações
da escola Palma Muniz, o estado e o município, o primeiro com
o ensino médio, e o segundo com o ensino fundamental, e mesmo
tendo duas instâncias de poder utilizando o mesmo prédio
ele continua mal cuidado, porque não dizer abandonado. É
um exemplo de incompetência ao quadrado.
Até
quando a educação e os nossos jovens continuarão
sendo desrespeitados pelos nossos governantes?
O Povolê
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