domingo, 28 de agosto de 2011

Ao Estado de Carajás Sim, mas em qual modelo Econômico? Quando e por que você vai votar?


 Sobre a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já definiu o dia do início da propaganda e o dia da votação. Em 13 de setembro de 2011, os grupos do SIM e do Não podem levar o debate ao público. A propaganda gratuita na TV e rádio, só a partir do dia 11 de Novembro. Já a votação do plebiscito foi marcada para domingo, dia 11 de dezembro.
             De onde veio o sentimento de divisão? O povo diz: - “O governo do Estado do Pará nunca fez nada pela gente, só cobra impostos. Quando a gente quer se tratar vai pra capital do Goiás, Piauí, Tocantins e não pra Belém; as escolas estão caindo, as estradas esburacadas, a gente vivi com medo da violência, também, nós não somos parecidos com os paraenses.” Essas respostas deixam claro de onde vem o sentimento de divisão, resumindo, do abandono e falta de identidade cultural e, os governos que por aqui passaram ou ai está, pouco fez para mudar esse sentimento no povo.
            Do outro lado, os grupos que têm muito dinheiro como o que está chegando na região e comprando enormes fazendas; os que exploram o solo dessa região, para extrair todo tipo de minério, os que estão querendo derrubar muita mata para plantar soja, também estão descontentes, pois para eles a justiça do Pará é lenta para realizar as reintegrações de posses das terras ocupadas por Sem-terras; as vistorias que dão licenças ambientais demoram demais; as estradas são péssimas para levar a produção deles para outros estados e países, enfim, o governo do Pará não agradou nem aos ricos nem aos pobres.
              Esses grupos, além de quererem segurança social, para executarem seus empreendimentos, precisam de infra-estrutura como, por exemplo: as estradas boas ligando o Sul do Pará à ferrovia Norte-Sul, que passa no Tocantins e no sul do maranhão; a ampliação da ferrovia Carajás que devem vir até Ourilândia, para levar o minério daquela região até o porto em São Luis do Maranhão. Outra obra importante, principalmente para o cultivo da soja, é o afundamento por meio de máquinas do Rio Araguaia, a fim de tornar possível a navegação de grandes Balsas pela futura hidrovia Araguaia-Tocantins, aliás, algumas balsas já foram feitas, mas a obra está parada pela justiça que questionou os impactos ambientais.
           Esses grupos também são donos dos meios de comunicação TVs, Rádios, Jornais e detém, quase na sua totalidade, o poder político e econômico da região, financiam campanhas de deputados estaduais, federais, vereadores, prefeito e etc. Além disso, tem muita influência nos bastidores da justiça. Na realidade, o interesse econômico deles pegou carona na insatisfação do povo e, por causa disso, foram criadas as condições para realização do plebiscito, que será votado no dia 11 de dezembro de 2011.
 Até agora, o debate da divisão do Estado dos Carajás tem considerado só os aspectos positivos na divisão do Estado, isso é compreensível, pois para quem quer ganhar uma eleição tem que se apresentar como um solucionador de problemas e, mostrar somente o lado positivo da sua proposta, isso é quase uma verdade entre os marqueteiros. Talvez, esse modo de conduzir o debate levou o grupo que está à frente da discussão, a preferir não esclarecer algumas dúvidas levantadas pelo o povo.
         Do jeito que está sendo colocada a discussão, o povo assumiu o papel de mero expectador, só aplaude os palestrantes que estão nos palcos. Esses apresentam as vantagens da divisão do estado apoiando-se em estatísticas que tanto agradam os moradores do futuro novo estado do Pará, como os moradores do futuro estado de Carajás. Em um dos argumentos, afirma-se que os dois principais indicadores de riquezas do estado, o ICMS (Imposto sobre circulação de mercadoria e serviço) e O PIB (Produto Interno Bruto) serão distribuídos, depois da divisão, da seguinte maneira 72% do ICMS e 71% do PIB ficarão com o Estado do Novo Pará, o restante 29% do ICMS e 28% do PIB, ficarão com o Estado do Carajás. Com quanto ficará Estado do Tapajós?
         Outro argumento é que a economia da Região é fundamentada na atividade industrial-siderúrgica, produção de energia hídrica e o agronegócio e que com o novo Estado será ainda mais fortalecida, gerando empregos e renda. Com certeza, atualmente, essa base econômica é a maior geradora de empregos, porém, não gera a distribuição de renda, pois os trabalhadores desses setores são pagos com baixos salários que não lhes permitem ter a casa própria, condições de lazer, resumindo, não tem condições de mudar a sua qualidade de vida. Os bilhões de lucros gerados, por essas atividades econômicas, ficam no bolso de meia dúzia de donos das grandes corporações. O nome disso é concentração de Renda. Esse modelo econômico tende a ser fortalecido pelo novo Governo do Estado dos Carajás, pois a maioria das pessoas que estão à frente do debate, além de pertencer  a essa elite, provavelmente são os que vão governar o novo estado.
     Pelo jeito, temas como o da Sustentabilidade Ambiental, Agricultura Familiar e a Economia Solidária não serão prioridades de um novo governo aqui no Estado dos Carajás, já que, nem se quer chega  a serem mencionados nos discursos dos palestrantes. Pelo menos aqui no extremo Sul do Estado. 
Sustentabilidade ambiental é a preocupação de desenvolver atividades que amenizem os efeitos das atividades econômicas predatórias, que agridem o planeta Terra e que podem provocar grandes catástrofes ambientais, prejudicando milhares de vidas e que pode tornar inviável a médio e longo prazo a vida na terra. Um exemplo é o derretimento do gelo nos pólos terrestre e em áreas em que o gelo cobre grandes quantidade de gás metano como na Groelândia. Disso a humanidade pode sofrer duas consequências: a inundação de cidades litorâneas pelo mar e a diminuição da quantidade de oxigênio que compõem o ar que respiramos. 
              Outra discussão que ganha força, no mundo todo, é a substituição do modelo econômico vigente dos grandes projetos e grande investidores pelo da Economia Solidária. E como funciona a Economia Solidária? Um exemplo Prático: Vinte Pessoas se juntam, montam uma pequena fábrica de Sapatos. Todas trabalham distribuídas em vários setores da fábrica. Gastam vinte mil reais entre a produção de calçados, impostos, transporte e venda, porém no final do processo conseguem 20 mil reais de lucro, cada membro da cooperativa fica com um mil reais pelo seu trabalho. Nesse caso desaparece o Custo Patrão. O que é isso? O padrão ia querer 10 mil reais de lucro, consequentemente os seus empregados cada um ia ficar só com 500 reais. Parece um sonho? Porém já existem em todo mundo experiências bem sucedidas desse tipo. A Economia Solidaria distribui renda e melhora a qualidade de vida das pessoas e ainda vai destruindo a ideia da ganância e o egoísmo que tanto destroem o planeta terra. O Governo Federal Criou a Secretária da Economia Solidária com o objetivo de financiar projetos desse tipo. Será que o Novo Governo do Estado do Carajás vai incentivar a prática da economia Solidária e o desenvolvimento da agricultura familiar? 

Autor: Manoel Messias Serafim dos Santos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Manoel Messias (Professor e Poeta -Zagaia)








O Ser estudante

Ser estudante é ir para escola e não voltar como antes.
É ser do conhecimento amante.
É não saber e passar a ser conhecedor.
É ser do desconhecido garimpador.
É fazer na pedra brotar uma flor.

Ser estudante é ver no que se conhece a porta de saída.
Da ignorância que cega o olho da vida.
É sorrir no continuar da lida.
É desiludir da idéia incutida.

Ser estudante é empacotar sonhos.
É desenrolar emoções.
É penetrar nas mentes e nos corações.

Ser estudante é procurar conhecer o conhecimento.
É pensar no próprio pensamento.
É entender o entendimento.

Meu Pai, Meu Exemplo


Meu pai, meu exemplo.

Meu velho muito do seu suor, hoje faz parte do meu sucesso.
Muitas das suas palavras apontaram o caminho certo.
Os seus conselhos me fizeram ser ordeiro e correto.
 Por isso mesmo ausente, estar sempre por perto.

Pai, a minha inquietude e juventude me afastaram de ti.
O mundo lá fora me fez chorar e sorrir.
Mas foi o seu exemplo que me sustentou.
Hoje, eu quero agradecer por tudo que me ensinou.

Pai, a sua fé na força da vida te fortificou.
Por ter fé em Deus, quando caiu levantou.
E com seu exemplo a família arrastou.

Ao senhor, todo meu respeito e gratidão.
A minha homenagem e consideração.
Tu és meu exemplo e inspiração.

Autor: Manoel Messias (Professor e Poeta – Zagaia)