Ter paciência é esperar, o dia da chegada.
É andar lento e firme, para deixar a pegada.
É não tomar atitude, de forma precipitada.
É esperar paciente, a hora mais desejada.
Ter paciência é esperar, sem perder a esperança.
É aguardar paciente, o crescer de uma criança.
É se por em movimento, pois quem anda sempre alcança.
É interromper a marcha, para consultar a lembrança.
Ter paciência é demorar, por causa da estratégia.
É, as vezes, ficar calado, a fim de evitar a guerra.
É contemplar com amor, a linda história da Terra.
Ter paciência é persistir, mesmo com dificuldade.
É perseverar acreditando, no amor e na bondade.
É combater a ilusão, com a força da verdade.
Quem é o poeta?
Manoel Messias Serafim dos santos nasceu em Jeremoabo em 1972, cidade do Sertão Baiano. Passou a infância e parte da adolescência trabalhando como bóia-fria no vale do Rio Vaza Barris, entre Canudos e Jeremoabo. Ainda Menino, motivado pela vontade de transformar a realidade, com 12 anos, saiu de casa.
Depois de algumas andanças pelo país, retornou a Canudos em 1988, já militava o PT (Partido dos Trabalhadores. Em Canudos participou ativamente na CEBs. (Comunidades Eclesiais de Base). Nesse movimento, se envolveu ativamente em várias ações comunitárias de cunho humanista.
No começo de 1993, chegou à Marabá-PA, como seminarista Oblato, a sua congregação tinha como Lema: “A Opção preferencial pelos pobres”. Durante sua passagem pelo seminário, sempre fez questão de trabalhar e de contribuir com as despesas diárias, além de ajudar nos movimentos sociais: Sem Teto, Movimento Estudantil. Nesse último, contribuiu com a conquista da carteirinha da meia passagem estudantil e ajudou na formação da UNEMAR (união de Estudante de Marabá).
Em 2001 chegou em Redenção. Entre 2002 a 2005 Cursou Letras na UEPA (Universidade Estadual do Pará). No trabalho de conclusão do curso. O poeta e dois colegas de turma, Antonio Messias e Valdimar, desenvolveram um projeto de produção textual para o vestibular, envolvendo alunos concluintes do ensino médio de escolas públicas.
Durante o período de estudante universitário, nos dois primeiros anos, trabalhou como supervisor de telecomunicação de empreiteiras da Telemar; depois passou a lecionar numa escola particular e fazer bico como digitador de trabalhos universitários.
No Ano de 2006, passou no concurso público para professor do Município e, no começo de 2008, passou no concurso para professor do Estado. Logo em seguida se tornou sindicalista do SINTEPP (Sindicato dos Professores em Educação Publica do Estado do Pará).